Como a confiança impacta nas pessoas e nas organizações

Há uma evidente conexão entre o nível de confiança e a performance nas organizações. A confiança atua como combustível dos vínculos sociais, da inovação e da criatividade. Ela promove a autonomia e também estimula a colaboração, impactando na capacidade de aprendizagem das pessoas, no senso de comunidade e em melhores respostas a situações de mudança e crise.

Quando a confiança faz parte da cultura da empresa as pessoas se sentem mais à vontade para criar, dar sugestões, discordar, pensar em soluções e novas ideias. Nestes ambientes de trabalho, a liderança não só demonstra alta confiança na equipe como também inspira e promove a confiança entre as pessoas.

Você sabia que o índice de confiança é um dos fatores que impactam no ranking das melhores empresas para trabalhar da GPTW (Great Place to Work)?

O livro é A regra é não ter regras: A Netflix e a Cultura da Reinvenção (Reed Hastings e Erin Meyer) é um grande exemplo de como a filosofia de liberdade com responsabilidade passou a ser o seu DNA do Netflix.

Em vinte anos, a empresa se tornou um dos principais nomes das indústrias de entretenimento do mundo e, em 2018, foi a empresa mais desejada para se trabalhar no ranking Top Global Employer Brands.

O ambiente de flexibilidade, liberdade e inovação é sustentado pelos princípios de liberdade e responsabilidade. Segundo os autores, existem 3 ingredientes importantes para essa cultura ter sucesso:

  • densidade de talentos: contratar e reter os melhores.
  • estímulo a sinceridade: espaço e escuta legítima para as pessoas darem opiniões e feedbacks.
  • redução dos controles: políticas dão espaço para a liderança por contexto ao invés de regras.

Nesse contexto, a fofoca, a traição e a politicagem dão espaço para a sinceridade resultando em maior velocidade, crescimento e performance. Isso tudo só é possível porque há uma forte e recíproca relação de confiança entre as pessoas.

Não é por acaso que a Confiança é uma das skills mais importantes citadas no livro Core Skills: 10 habilidades essenciais para um mundo em transformação, publicado em 2020.

Segundo os autores, para que haja autonomia, a partir da qual desenvolvemos proatividade e protagonismo, é preciso confiar. É impossível pensar em novos modelos de trabalho, flexibilidade, autogestão e colaboração sem autonomia e confiança.

Quando confiamos, sustentamos a liberdade do outro, objeto da nossa confiança. Confiar é estar aberto e esse processo exige consciência e dedicação. Ter confiança é diferente de criar expectativas sobre o outro. Nesse caso, estamos fechados e restringimos a liberdade do outro. É como dizer “eu confio, desde que você faça o que eu espero ou quero”. É a qualidade e o nível de confiança que ativam os relacionamentos e vice-versa. Já a desconfiança, tem sua base no medo e na insegurança, gerando isolamento e solidão que, por outro lado, podem nos levar a outro extremo: a confiança cega.

A construção da confiança começa com alguém escolhendo depositar confiança em outra pessoa ou “algo” e é importante que haja reciprocidade. Essa abertura ao desconhecido é um passo calculado para construir vínculos sociais saudáveis.

Como você percebe a confiança nas suas relações pessoais e profissionais?

Para saber +:

A regra é não ter regras: A Netflix e a Cultura da Reinvenção (Reed Hastings e Erin Meyer).

Core Skills: 10 habilidades essenciais para um mundo em transformação escrito em 2020 (Alex Bretas, Alexandre Santille, Conrado Schlochauer e Tonia Casarin).

Compartilhe nas redes sociais

Share on facebook
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email